Revolução na música instrumental...

Tive uma grande suspresa ao conhecer o cd INTERVALO, numa busca sem compromisso na prateleira de cds instrumentais, achei os acordes certos para me emocionar.
Não se trata de um quarteto de cordas convencional, senti uma pitada de música popular sem deixar de lado a escrita erudita. O grupo NEYMAR QUARTETO tem como forte característica a marcação no contra-baixo (seu principal instrumento), nos levando do jazz ao erudito em questão de segundos.
O grupo, fundado no inicio de 2004 pelo compositor e multiinstrumentista Neymar Dias e gravou o primeiro cd em 2010, com uma simplicidade tamanha que envolve o ouvinte.
Admiro sonoridade que nos faz pensar que nunca escutamos aquilo antes...
Vale a pena, lindo cd!

Reativando a lojinha..
Falar de jazz e música erudita é muito complexo quando tocamos no tema "música contemporânea". Dois estilos que eu considero com um público absurdamente conservador, escutando obras ainda do século XVIII no caso da música erudita. Aceitar a essência evolutiva do gênero e ao mesmo tempo não deixar morrer características originais do som é uma grande dificuldade dos admiradores da boa música.
Esse é um debate que críticos musicais, músicos, apreciadores tem a desenvolver. Já que falamos tanto no desaparecimento dos direitos autorais de melodias por não ter notas ou combinações originais o suficiente para registrar uma obra, agora mais do que nunca temos que acreditar no novo.
Sobre a situação do jazz que é minha indicação de hoje, acredito que existe uma resistência tanto quanto saudocista. Polariza-se em torno de uma “meia dúzia” de nomes o que dificulta o conhecimento de novidades. Mas quebrando regras também, podemos relembrar que pelo novo,  descobrimos talentos como Wynton Marsalis, que é considerado o grande responsável pelo renascimento do jazz nos anos 80, sem modificar o estilo.
Para não me estender (falando superficialmente de um assunto tão intrigante), queria mostrar um selo alemão fantástico de jazz contemporâneo ( http://www.ecmrecords.com/ ) muito interligado com a música clássica. Escutei vários cd´s do selo essa semana e fiquei encantada, vale a dica.

Mas falando do álbum de hoje...
Erik Truffaz é um tropetista conhecido por fazer um jazz atual, misturando hip hop e groove. Muito suave para escutar e encantador logo de início. Esse cd (foto), foi gravado com Sly Johnson, com uma história extensa no blues. O álbum tem 8 faixas maravilhosas... foi lançado pela EMI com o selo nada mais, nada menos que Blue Note!!

É isso, divirta-se!


Erik Truffaz no you tube, só clicar!!!! /o/






 

Estou admirada por esse achado! 
Ingrid Michaelson nasceu em 1979, é cantora e compositora nova-iorquina. Toca violão e piano. Faz um som indie-pop e tem músicas na trilha sonora de Grey’s Anatomy (só descobri isso quando chorei ao assistir o fim de uma temporada ao som de "Keep Breathing"). 
"Girls and Boys"(2005)  foi seu primeiro disco . Apesar de ser um álbum típico para garotinhas apaixonadas, existe a beleza técnica fundamental para admirarmos. É um cd muito agradável, com som acústico e  tonalidades de violão, piano e uma pitada do folk. Destaque também para a linda voz de Michaelson.
Calminho e fofinho! Vale a pena escutar! 

Veja no YouTube o destaque de Ingrid M. >>>  
http://www.youtube.com/watch?v=jJOzdLwvTHA

"no meio de tanta gente, eu encontrei você..."
Isso mesmo! No meio de tanta gente, encontrei Luisa Maita!
Cada dia surge uma cantora brasileira com quase o mesmo estilo, mesmo arranjo e atitude musical. Podemos avaliar Mariana Aydar, Céu, Tiê, Tulipa, Karina Buhr e por ai vaiiiiii... mas nenhuma me encantou tanto quanto a Luiza Maita. Uma jovem cantora e compositora paulistana, que tem uma forte influência do samba, jazz e da música pop brasileira.
Está lançando seu elogiado álbum de estreia: "Lero-Lero". São11 faixas, 8 são de sua autoria. O cd apresenta uma vibração contemporânea através dos beats e programações eletrônicas e ao mesmo tempo a originalidade do samba (um samba bem calminho!), tem ainda com um violão que dialoga no mesmo volume com a base ritmica das canções, que te faz imaginar uma mistura de sons apreciados na mpb. Me encantei com a autenticidade que o disco carrega!
Bom para quem procura música brasileira inovadora e de qualidade. Para quem quer mais do mesmo, mas é um pouquinho exigente. Boa audição!!!...

Mombojó é uma banda pernambucana originada na Cidade do Recife.
Depois que quase dez anos de trabalho e dois cds lançados muito bem recebidos pelo público e críticos (NADADENOVO, 2004; HOMEM-ESPUMA, 2006), alguns prêmios importantes ( duas vezes melhor banda da associação paulista de críticos de arte, 2005 e 2006) , participação em dezenas de festivais ( inclusive várias edições do ABRIL PRO ROCK e TIM FESTIVAL), além de outras inúmeras histórias para contar ( em shows, redes sociais, coletâneas e DVDs , como no MTV APRESENTA, 2008), a banda lança o disco que dá um loop no tempo e faz o quinteto retornar as origens independentes da música.
"Amigos do tempo" ( foto), é o nome do novo álbum da banda, que primeiramente foi lançado na internet e depois para o grande público pagante. Um estratégia atualmente muito utilizada, por incrível que pareça, dá certo sim! 
Ao escutar o cd, podemos observar que eles mantiveram a característica criativa de misturar sons, fazer coisas novas. Como diz a própria banda, "a ideia do disco é retomar sonoridades, estilos e recombinações que parecem estar em busca de um tempo perdido, impactantes como as lembranças das músicas que marcaram a infância".
Apesar de musiquinhas lentas e o vocal sem grandes novidades, a banda mostra letras maduras e criatividade rítmica nesse novo cd. Vale a pena escutar e continuar pretigiando a música independente!

Uma bela indicação...
Fiquei encantada com esse disco que me foi apresentado..
Bensé, na verdade Julien Bensé é um compositor francês contemporâneo, com melodias que colam na cabeça. Muito diferente da tradicional música francesa. Ele mistura um pouco do folk com uma levada pop que agrada qualquer pessoa ao escutar. 
Bensé tem belas influências, o pai era guitarrista de jazz, o vô e os tios sanfoneiros. Mas quem de fato elevou sua carreira musical, foi o maluco cantor Devendra Banhart, que o deixava ter seus 5 minutos de fama no palco. 
Esse álbum (foto) de 2008, foi o primeiro do cantor, diz por aí que foi inspirado no livro "cem anos de solidão" do autor Gabriel Garcia Marquez... Éé, escutando ainda não consegui linkar essa informação, mas mesmo assim garanto que é de grande qualidade sonora para quem gosta de folk, música romântica, pop, música francesa, cantores diferentes ou somente coisas novas...
Eu recomendo!


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Lojinha apresenta> Sua mãe!

Que Wagner Moura é um ótimo capitão Nascimento, não temos dúvida. Mas falar que é cantor e tem uma banda é um pouco estranho para quem ainda não conhece a "Sua Mãe".
O grupo do ator foi formado em 1992, com seis colegas da época de faculdade, em Salvador (BA). Mas com a carreira e a vida profissional de cada componente, a banda tomou um rumo diferente e a música ficou como segundo projeto. 
Agora, lançaram o cd “The very best of the greatest hits” , que já sinaliza a feliz intenção de não se levar a sério. Até porque, como cantor, Wagner Moura continua sendo extraordinário ator, dos melhores de sua geração. A banda tem um instrumental bom, podemos dizer que eles sabem tocar legal e tem uma pegada brega no arranjo e nos versos.. inspiração vinda de lendários como Odair José, Waldick Soriano e Reginaldo Rossi. Escutei bem o cd e observei que ele não vai agradar tanto o público jovem, mas nada tira o brilhantismo e o espírito brincalhão desses soteropolitanos.
Para completar a irreverência, o encarte do disco traz fotos das mães dos sete integrantes da banda, na flor da juventudee! É isso ae, escute pouquinho, mas escute!